(Revendo conceitos básicos que ajudam a compreender melhor a tecnologia dos VEs)
Introdução:
No projeto de um
sistema motorizado, o processo de especificação de um motor
elétrico corresponde à escolha de um motor industrialmente
disponível, que possa atender os principais requisitos do cliente,
tais como:
- Características da carga a ser acionada: Potência, rotação, esforços mecânicos, configuração física, conjugados requeridos (conjugado de partida, de aceleração, de desaceleração e de regime estável), momento de inércia, etc.
- Características da rede elétrica de alimentação do motor e do ambiente da instalação do mesmo: Tipo de rede elétrica (CA monofásica, CA trifásica, CC, etc), intensidade da tensão, da frequência, equilíbrio entre fases, etc. E, características do ambiente: temperatura, altitude, agressividade ambiental, etc;
Assim,
para o dimensionamento e escolha de um motor e, também, quando
necessário, do seu drive
(dispositivo
que aciona o motor de maneira controlada,
bem como para a adequada parametrização desse drive),
as características de cunho mecânico do comportamento da carga,
como
o conjugado1 e a velocidade,
é que deverão sempre, em primeiro lugar, ser respeitadas.
O conjugado da carga também é chamado de conjugado resistente, porquanto ele está em oposição ao conjugado do motor, quando a máquina elétrica opera tracionando a carga, caso que ocorre tanto quando há aceleração, quanto quando há velocidade estável no sistema motorizado.
O conjugado da carga também é chamado de conjugado resistente, porquanto ele está em oposição ao conjugado do motor, quando a máquina elétrica opera tracionando a carga, caso que ocorre tanto quando há aceleração, quanto quando há velocidade estável no sistema motorizado.
É
bom começar a ter em
mente que, para motores de uma mesma velocidade nominal, o conjugado
que
é por ele oferecido
aumenta com o seu
“porte
físico”,
de
modo que, o
conjugado máximo que um motor pode oferecer é sempre proporcional
ao seu tamanho (e, consequentemente, também ao seu peso), existindo
uma estreita relação entre o conjugado, a potência e a velocidade.
Dai,
como
o preço de um motor está,
de
modo geral,
atrelado
ao seu peso
e
tamanho,
conhecer bem esta relação (que
é
o objeto
central
desse
estudo),
é
de grande importância econômica para um bom
projeto.
Pelas
tais
razões
econômicas,
em muitos casos de
sistemas motorizados,
pode ser desejável se optar por empregar um motor de maior
velocidade e de
menor
conjugado, por ele ser menor
em
peso e em tamanho e,
por conseguinte, mais barato,
associado a um mecanismo
redutor
de velocidade,
por
exemplo, mesmo
que
este
agregue
um custo extra ao
projeto devido
ao emprego do redutor,
pois ele não apenas reduz a velocidade, mas consequentemente aumenta
o conjugado,
do que empregar,
diretamente,
um
motor que
possa oferecer um
conjugado
maior, com velocidade menor, mas
que, porém,
é maior
e mais caro.
No
entanto, o
emprego deste
artifício tem a
sua
limitação
restritiva,
como veremos posteriormente.
O Conjugado:
O Conjugado,
também conhecido como Torque, ou como Momento de
Força, é o esforço realizado para se girar um eixo (ou, também podemos dizer, para se produzir torção ao redor de um eixo). Em
termos gerais, diz-se que "uma força que atua sobre uma
alavanca, origina um conjugado".
Para medir o
"esforço" necessário para fazer girar um eixo, não basta
definir a intensidade da força que é empregada, mas é preciso
definir, também, a qual distância do centro do eixo, a força
aplicada terá que ser transmitida ou recebida. Deste modo, a magnitude da
grandeza 'conjugado' depende:
- Da magnitude da grandeza Força;
- Da magnitude da grandeza Comprimento do Braço de Alavanca, ou seja, da distância perpendicular da força até o seu ponto de apoio (ou, até o centro do eixo).
Assim:
No caso de um motor, o conjugado que ele oferece é o esforço que ele desenvolve, a partir do centro do eixo do seu rotor, quando ele realiza um trabalho efetivo, seja de força ou de movimento, sobre uma carga mecânica. Em termos de fenômenos físicos, a energia resultante da interação entre os Campos Magnéticos que se desenvolvem no interior da máquina elétrica (motor) em operação, é que produz o conjugado em seu eixo.
Em se tratando, por
exemplo, do caso em que uma polia esteja associada ao eixo do motor,
por exemplo, a distância equivalente ao braço de alavanca é o
Comprimento do Raio da mesma polia, pois:
- Ou a força é aplicada no centro do eixo, e daí é transmitida para a borda da polia. Isso ocorre no caso da polia estar atrelada a um eixo que seja de uma fonte de energia cinética;
- Ou então, a força é aplicada na borda da polia, e dai transmitida para o centro do eixo. Isso ocorre no caso da polia estar conectada ao eixo de um receptor de energia cinética.
As Unidades
de Medida mais utilizadas para a grandeza
denominada de "Conjugado" são:
kgf⋅m
→ Quilograma-força
Metro;
N⋅m
→ Newton Metro;
kp⋅m
→ Quilo Pascal Metro.
Exemplo de
transmissão de movimento rotativo por emprego de duas polias
acopladas por correia, uma polia motora (fonte, 1) e outra polia
movida (receptor, 2):
Nessa transmissão
de movimento, mesmo que a velocidade de rotação (ou velocidade
angular) seja modificada, de uma polia para outra, a velocidade
linear correspondente (velocidade vista na correia, por exemplo), é
sempre mantida.
Baseado no diagrama
e nos dados apresentados acima, determine a velocidade de rotação
(n2)
e o conjugado (C2)
da
polia movida.
n2
=
_____________ C2
=
_____________
Relação entre Conjugado, Potência e Velocidade:
No
sistema de transmissão de movimento visto anteriormente,
teoricamente, a potência mecânica da fonte pode
ser considerada igual à
potência mecânica do receptor, ou seja, P1
= P2.
Entretanto nos casos práticos, possivelmente existirão
perdas a serem
consideradas. Por
exemplo, se a correia deslizar, temos perda de tração, o que
implica, também em perda de rotação e de potência transmitida.
Nas
aplicações motorizadas, quase sempre as fórmulas práticas
convertem o conjugado a partir das grandezas da Potência
Elétrica
e da velocidade
de rotação
de um dado motor, sendo que o conjugado está relacionado:
- Com a potência, de modo diretamente proporcional, e;
- Com a velocidade angular ou rotação, de modo inversamente proporcional.
Ou
seja, Conjugado (C) é igual à Potência (P) dividido pela Velocidade de Rotação (n):
Olhando para esta
relação, fica evidente que, comparando-se motores de uma mesma
velocidade nominal, o conjugado que é por eles oferecido é
proporcional a potência de cada motor. Também fica evidente que,
para motores de velocidades diferente, pode-se dispor de um mesmo
valor de conjugado, desde que seja ao custo de empregarmos uma
potência diferente: para um motor mais veloz, demanda-se uma
potência maior.
Todavia, é
importante considerar que não podemos aumentar indefinidamente a
potência, sem que, a partir de um certo ponto, nos vejamos forçados,
também, a aumentar o tamanho do motor, por causa do aquecimento que
nele é produzido.
De
maneira geral, um motor de
maior porte, trabalhando, suportará
a mesma potência, porém
sem produzir, em si, tanto
calor quanto um motor menor.
Introduz-se,
assim,
a questão térmica e, com
ela, uma série de outras
considerações sobre:
temperatura ambiente, do tipo de sistema de refrigeração empregado
na máquina elétrica, da
altitude da instalação, e
mesmo da atmosfera ambiente da instalação, se
fazem, também, necessárias, como
veremos em outro artigo
posterior.
Sobre a Questão das Unidades de Medida de Potência:
Uma
vez que, no tempo do inventor
e engenheiro mecânico escocês, James Watt, usava-se
o trabalho de cavalos para continuar a
mover
os moinhos na ausência de ventos, Watt usou-os como uma
referência, expressando
uma equivalência de sua força,
para definir a força das máquinas
a vapor que ele construía
para substituí-los.
Assim
nasceu a unidade de medida horsepower
(hp),
termo em inglês
que literalmente significa 'potência
de cavalo', uma unidade de
medida que não é balizada pelo sistema métrico e que,
portanto, não faz parte do Sistema Internacional (SI)
de Unidades de
Medida.
No
entanto, nos países em que
o Sistema Internacional
(SI) de
Unidades de
Medida
se tornou o único legal, o
que incluí
o Brasil, que aderiu à Convenção do Metro, desde 20 de maio de
1875, para
expressar a potência em sistemas motorizados, o correto seria
utilizar, apenas, o kW
(quilowatt).
O Sistema
Internacional (SI)
caracteriza-se por adotar
apenas uma única unidade de medida, exclusiva, para
expressar uma dada grandeza.
Todavia,
o emprego do CV
(cavalo-vapor), introduzido
no começo do século 20 pelo Instituto Alemão de
Normatização (DIN), que
apesar de também não
fazer parte do SI, é baseado no
sistema métrico pertinente
ao SI,
tornou-se em uma tradição
para expressar potência em
máquinas elétricas e outras, como,
por exemplo, a
dos motores
a combustão dos carros no
Brasil. O
CV
e o hp
são, aproximadamente iguais, porém, eles
não são
exatamente iguais
(há, entre eles, uma
diferença de aprox. 1,38 %):
Isso tudo é
importante conhecer mas, obviamente que, hoje em dia, nós podemos
recorrer a facilidade oferecida por um Site de Internet confiável,
que pode realizar tais conversões entre as várias unidades de
medida de uma dada grandeza, poupando-nos tal trabalho. Eu, por
exemplo, para isso, recorro frequentemente ao webcalc.com.br.
Velocidade de Rotação (Velocidade Angular):
Eu suponho que todos
estejam acostumados com o termo 'velocidade', que é um conceito
importante em cinemática, o ramo da mecânica clássica que descreve
o movimento dos corpos, e que se relaciona com a variação da
posição de um corpo no espaço em relação ao tempo, ou seja, qual
a distância percorrida pelo corpo num determinado intervalo
temporal.
Também creio que
todos estão familiarizados em observar a velocidade, tanto em
movimentos retilíneos, quanto em movimentos circulares ou elípticos
de vários tipos.
Exemplo de Tacômetro Eletrônico |
De maneira geral,
num sistema motorizado, a velocidade de rotação é uma grandeza que
pode ser, na prática, medida com facilidade, pelo emprego de um
tacômetro, que é um instrumento de medição do número de rotações
em uma dada unidade de tempo, geralmente
rotações por minuto (rpm).
Um tacômetro
mecânico é empregado para medir localmente a velocidade de rotação,
operando por contato, consistindo, basicamente, de um eixo terminado
em adaptador flexível, com uma ponteira de borracha tipo funil ou
tipo cone, que se apoia sobre o centro da peça giratória.
Já, um tacômetro
eletrônico (digital), que atualmente é de mais baixo, também pode
ser utilizado como tacômetro de contato, ou como um tacômetro
óptico (foto tacômetro), empregando uma mira laser, que pode ser
usada com precisão, mesmo a uma certa distância do ponto de medição
de rotação, e um transdutor que produz um sinal de pulso elétrico
como conversão da velocidade de giro do eixo da máquina.
Em ambos os casos de
tacômetro (mecânico ou eletrônico), em geral, eles permitem a
substituição da ponteira por um disco de borracha, permitindo o seu
uso como medidor de velocidade linear, em metros/segundo (m/s),
ao invés da medição em rpm, nas mais diversas aplicações.
Nos movimentos
circulares são introduzidas propriedades angulares para o
deslocamento, a velocidade e a aceleração e, se o movimento é
uniforme, aplica-se, ainda, o conceito de período, propriedade
utilizada no estudo dos movimentos periódicos.
O
deslocamento angular se define de modo similar ao deslocamento
linear, porém, consideramos um ângulo associado
ao
vetor de
deslocamento.
No
entanto, o
deslocamento angular não
precisa
se limitar a medida angular
de
apenas
uma circunferência
mas, sim,
considera-se quantas vezes se
dá
voltas em torno
de uma
circunferência.
Para a velocidade angular, a unidade de medida empregada
é,
em geral, o radiano
por segundo (rad/s).
Vetores desempenham
um papel importante na física: velocidade e aceleração em
movimento e as forças agindo sobre ele são todos descritos por
vetores. Embora velocidade e aceleração não representem
distâncias, tal como a posição ou deslocamento, a sua magnitude e
direção pode ainda ser representada pelo comprimento e direção de
um vetor.
Aplicar isso,
associado às melhores técnicas de processamento de dados em tempo
real, foi o que permitiu um desenvolvimento fantástico nas
aplicações de controle de movimento em sistemas motorizados, nos
últimos tempos, com o emprego de acionamentos por Controle Vetorial,
em duas diferentes modalidades: o Controle Orientado ao Campo (Field
Oriented Control), mais propriamente, controle orientado ao Fluxo de Campo)
e o Controle Direto do Torque (Direct Torque Control), estratégias de controle do movimento de máquinas elétricas que
serão focados, adequadamente, em um outro artigo, mais avançado.
Diagrama de Blocos do Controle Direto do Torque |
Exemplos de Conversões de Unidades de Medidas para Cálculo de Transmissão de Conjugado, Potência e Velocidade de Rotação:
Baseado
nos dados e no
diagrama
do exemplo anterior (transmissão
de movimento rotativo por emprego
de duas
polias),
determine qual é
a potência P2,
considerando
a
unidade
de medida em
que se
encontra o valor da potência obtida?
Considere
que se deseja obter
a potência, expressando-a em ambas unidades de medida: tanto
em
Watt
(W),
quanto
em cavalo-vapor
(CV).
Para
isso, é preciso
estar ciente que, em virtude
da diversidade de unidades
de medida
utilizadas, seja para expressar
valores do
conjugado, da
potência ou da
velocidade, quando
realizamos os cálculos, devemos
observar cuidadosamente as
conversões entre as
unidades de medida, aplicando,
sempre,
os ajustes que se fazem
necessários, de acordo com
as unidades de medida
empregadas nas
grandezas dadas, para
se chegar ao
resultado correto, expresso
na unidade de medida desejada.
Exemplos
(Atenção:
No
formulário
abaixo, entre parenteses
estão expressas, literalmente,
as unidades de medida em que as grandezas são dadas e / ou é
desejada, enquanto
que, à direita, encontra-se o ajuste necessário):
OBS:
Em 2) e 3), dividimos por 2π
para ajustar de RADIANOS para ROTAÇÕES (1
rotação = 2π . radianos)
e multiplicamos por 60 para ajustar de POR SEGUNDOS para POR MINUTOS
(1 min = 60 s);
Em
3), 4) e 5), dividimos pela
constante
gravitacional universal (g),
ou seja, por 9,78
para ajustar de NEWTONS . METRO para QUILOGRAMA-FORÇA . METRO (g
é equivalente à
aceleração da gravidade em queda livre da
Terra
que corresponde a 9,78
m/s2);
Em
4), 5), 6) e 7) multiplicamos por 735,5
para ajustar de WATTS para CAVALO-VAPOR
(1
CV = 735,5
W).
P2
= _________ W P2
= ________ CV
Conhecer que existem essas relações entre as Unidade de medida é importante, mas, obviamente após conhecer, você não precisa mais lidar com elas de modo complicado. Melhor é usar um 'APP' online para converter entre Unidades de Medida, tal como o site WebCalc.
Conhecer que existem essas relações entre as Unidade de medida é importante, mas, obviamente após conhecer, você não precisa mais lidar com elas de modo complicado. Melhor é usar um 'APP' online para converter entre Unidades de Medida, tal como o site WebCalc.
O Conjugado Como Efeito do Fenômeno Eletromagnético:
Já, olhando-se para
o conjugado de um ponto de vista estritamente eletromagnético, que é
como ele ocorre em todas as máquinas elétricas (motores e / ou
geradores), para o caso de um motor de CC (Corrente Contínua), por
exemplo, o mesmo pode ser dado por:
As linhas de força
de um campo magnético são coletivamente chamadas de Fluxo
Magnético, para o qual se usa o símbolo Φ (a letra grega
Phi ou Fi). A unidade de fluxo magnético (ou fluxo de indução
magnética), no Sistema Internacional de Unidades de Medida (SI), é o Weber (Wb).
Todavia,
a unidade de medida adotada para a grandeza Conjugado, no SI,
não é o kgf⋅m
mas, sim, o N⋅m,
de modo que, fazer conversões entre unidades de medida, continua,
sempre, sendo uma necessidade trivial.
Além
do mais, como o termo KE
que aparece na expressão
anterior é uma constante
que depende exclusivamente de dados construtivos do motor, esta
fórmula se torna pouco
utilizada para cálculos práticos. Não obstante ela tem sua
importância, até mesmo porque ela permite “enxergar” a
dependência que existe do Conjugado
do Motor
(CMO)
para com o Fluxo
Magnético
de Campo
(ΦC,
ou simplesmente, Fluxo de
Campo), e para
com a corrente elétrica
(no caso de armadura (IA))
do motor.
Assim,
para o caso de motores de
CC de Imãs
Permanentes, os
quais apresentam fluxo
magnético de
campo (ΦC)
constante, o conjugado apresentado pelo motor é dependente,
de maneira diretamente proporcional,
apenas com
relação à
corrente de armadura (IA).
Tal relação entre
conjugado e corrente existe, também, e de modo semelhante, em
motores de CA (Corrente Alternada), em
geral, mais notadamente
ainda, nos
construídos com imãs permanentes em
seu rotor.
Em
um bom número de aplicações de controle de
velocidade variável que
envolvem motores de CC,
mesmo que o motor não seja de imãs permanentes, o fluxo de campo é
mantido constante, ou devido ao uso de alimentação de tensão fixa,
ou mesmo pelo
emprego de regulação de corrente constante, para o enrolamento de
campo. Deste modo, o conceito de que CMO
→
IA
(conjugado dependente
da corrente), pode ser algo
muito útil para se ter em mente, principalmente
quando se realiza
ensaios práticos com tais
máquinas.
Já,
em um motor assíncrono, onde a frequência
da alimentação do motor pode fazer variar a velocidade do campo
girante e, consequentemente, a velocidade de rotação, o fluxo é
criado pelo enrolamento do estator, que é alimentado por uma tensão
CA (V),
a uma certa frequência (f),
de modo que, para obter um fluxo constante, e portanto um conjugado
constante com a frequência variando, é necessário que a tensão
varie simultaneamente com a frequência. Podemos dizer que,
de maneira geral, que os conversores de frequência partem do
princípio:
Convenções das Características do Conjugado:
Independente do tipo
de motor a ser empregado, para a seleção correta do mesmo, é
importante considerar as características técnicas da aplicação,
principalmente as características de carga, no que se refere a
aspectos mecânicos para calcular os diferentes aspectos
característicos de conjugado que são necessários, e que ocorrem,
tipicamente, em qualquer operação de sistemas motorizados:
Para
diferir adequadamente entre
estes vários aspectos de conjugado, as legendas adotadas aqui
serão as
seguintes:
CMO
→ Conjugado
do Motor;
CRE
→ Conjugado
da Carga (Conjugado Resistente);
CAC
→ Conjugado
de Aceleração;
CFR
→ Conjugado
de Frenagem;
CDA
→ Conjugado
de Desaceleração.
O
Conjugado do Motor
(CMO),
é o conjugado efetivamente
desenvolvido e exercido pela
máquina elétrica (motor) em seu eixo, na função que o motor
realiza
em movimentar
a carga, a partir da energia elétrica que o mesmo recebe como
alimentação.
Não
confundir este parâmetro com o Conjugado Nominal do Motor
(CMO
NOMINAL), que
é o conjugado que o motor
pode oferecer sob plena
carga (com carga
máxima admitida), e que
é desenvolvido à potência
nominal e sob tensão e frequência, também nominais (este
aspecto do conjugado, tem sua grande importância, ao considerarmos o
caso especial da partida, como vermos posteriormente).
O
Conjugado Resistente
(CRE),
é o
conjugado oferecido
pela carga, o qual
se opõem ao movimento em qualquer sentido que se tente movimentá-la.
Quanto maior a carga, maior
terá que ser o conjugado necessário para acioná-la, por isso, o
conjugado do motor – CMO,
e o conjugado resistente –
CRE,
disputam entre si, tendo
sempre sentidos opostos e,
caso
eles tenham
intensidades iguais entre si, o conjugado resultante da
disputa é zero.
Como
o CRE
é dependente dos atributos
mecânicos da carga, ele pode
ser, ou não, dependente da
velocidade de movimento
do sistema e,
caso ele seja
dependente, pode haver ai uma relação inversa, direta, exponencial
ou mesmo “não definida”.
Isso depende do tipo de carga mecânica,
como veremos posteriormente,
ao final.
Se
todos os movimentos fossem,
apenas, de velocidades
constantes,
apenas estes dois aspectos do conjugado (CMO
e CRE),
bastariam para
ser considerados. Todavia,
além de regimes estáveis, os movimentos podem apresentam,
também, etapas em que eles
estão condicionados a
regimes transitórios, nos
quais a velocidade não está
estável, mas sim, variando,
para mais ou para menos.
Isso
ocorre durante eventuais acelerações
e desacelerações, que
podem ser demandadas, ou por uma ação deliberada do operador (o
motorista variando o pedal do acelerador, por exemplo, no caso de um
veículo elétrico (VE),
ou por um comando automático originado
no controlador do sistema
motorizado.
As
inevitáveis partidas
e paradas
de um motor, ao iniciar e
findar as operações
de movimento,
por exemplo, são
eventos que se enquadram,
em especial,
como regimes
transitórios de aceleração
e de desaceleração, respectivamente.
Os Três Regimes de Movimento de uma Máquina Elétrica:
Identifica-se, em uma máquina elétrica em movimento, três
estágios (etapas) de regimes de movimento, a
saber:
- Aceleração → ΔT1;
- Estável → ΔT2;
- Desaceleração → ΔT3.
No
regime estável, o CMO
é igual
ao CRE,
então temos um equilíbrio entre
os conjugados e, como
consequência, a velocidade do movimento (e a velocidade de rotação
do eixo do motor
(n)) é constante.
Isso
pode ser observado no intervalo de tempo ΔT2
da figura acima.
Vale
lembrar,
que o
objetivo principal, quando
empregamos
um Conversor
(ou Drive)
para
acionar uma
máquina elétrica
(seja este
drive
um inversor, que
é um conversor CA/CA,
para um motor
CA, ou um conversor CA/CC
regulado, para um
motor CC, como
exemplos) é,
sempre, o de
buscar manter o regime estável do sistema
(CMO = CRE),
provendo compensações para mais ou para menos no
conjugado do motor (CMO),
de maneira o mais rápida
e precisa possível,
como resposta, no caso
de ocorrer
alguma 'perturbação'
que faça com que o
conjugado resistente (CRE)
varie.
Já, para os regimes
transitórios de aceleração e de desaceleração (como os que
ocorrem nos intervalos de tempo ΔT1 e ΔT3,
respectivamente, na figura anterior), haverá sempre um desequilíbrio
entre os conjugados do motor e da carga (eles não serão iguais
entre si).
Nestes regimes, a
máquina elétrica é sempre mais exigida e, os momentos de inércia
de todas as partes girantes do mecanismo (carga) acoplados ao eixo do
motor, devem ser considerados para cálculo do conjugado que é
requerido do motor. Este conjugado pode ser pensado em duas parcelas:
- Uma para igualar (CMO = CRE), empatando o esforço da máquina com a inércia da carga;
- Outra para ir além, suplantando a inercia da carga, provendo um esforço extra, o qual resulta na aceleração (CMO > CRE), ou na desaceleração (CMO < CRE), conforme o caso.
Assim, se ocorrer da
intensidade do conjugado do motor passar a exceder a intensidade do
conjugado resistente (CMO > CRE),
chamamos a diferença existente (a parcela excedente) de Conjugado
de Aceleração (CAC).
Quando e, enquanto,
um sistema motorizado estiver sob um Regime Transitório
de Aceleração, teremos uma velocidade que
é sempre crescente, onde:
Já,
durante
um
Regime
Transitório
de
Desaceleração,
convém
que o
motor efetue
uma força contrária ao
da aceleração, a
fim de
que haja efetivamente uma frenagem, assim dizemos que o motor passa a
ter um conjugado de frenagem (CMO
→
CFR).
Isso não é apenas
uma simples mudança de nomenclatura, mas, reflete o fato de que a
máquina elétrica, neste caso, já não cumpre mais o papel de motor
mas, sim, o de Gerador, enquanto durar a desaceleração
/ frenagem. Dai, a preferência que se tem, em se chamar um motor,
não de “motor”, mas de Máquina Elétrica, pois “motor”
é apenas uma das eventuais funções de uma máquina elétrica.
Assim, durante o
regime transitório de desaceleração, também há
desequilíbrio entre os conjugados, com o conjugado resistente se
tornando em algo maior do que o conjugado de frenagem (CRE
> CFR). Já o conjugado resultante desse
desiquilíbrio é negativo, ou seja, o movimento resultante refere-se
a um conjugado de desaceleração (CDA).
, tal como ocorre no
intervalo de tempo ΔT3 da figura anterior.
Fazer com que uma
máquina elétrica efetue uma força contrária ao da inercia da
carga é diferente de simplesmente cortar a energia de alimentação
dela e deixar a máquina (e a carga) rolar solta, até parar por si
própria, por inexistência de uma efetiva ação motora:
- Se após atingir uma certa velocidade, a máquina elétrica, num dado momento, passar a atuar sobre o móvel, usando sua força em sentido contrário ao do movimento (máquina elétrica operando na função de gerador), neste caso temos efetivamente um conjugado de frenagem (CFR), e as relações se estabelecem de modo que: CDA = CFR – CRE
- Por outro lado, se após atingir uma certa velocidade, num dado momento a máquina elétrica for desligada de sua alimentação, passando a deixar rolar solto o mecanismo, o CDA se torna igual, em módulo, ao CRE, pois não existe CFR. Assim, temos CDA = - CRE. Neste caso, a parada do sistema se dará, em geral, em um tempo relativamente longo, pois ele é função, apenas, da somatória de todos os momentos de inércia do mecanismo.
A Partida:
A
partida de um motor é uma situação a parte, que requer atenção especial. A
partida é um intervalo de tempo no qual o motor sairá da condição
de parado (velocidade
nula, ou n
= 0),
passando transitoriamente por um regime de aceleração, até atingir
uma dada rotação final, desejada. Normalmente é necessário um
esforço relativamente grande, para tirar o sistema da inércia, com
n
= 0 e, o quão grande é este esforço, é algo que depende, também,
do tipo de carga mecânica que o eixo do motor está a conduzir.
Na
partida o motor tracionará a carga, e para que a partida seja
possível motor e carga são dimensionados de modo que CMO
NOMINAL
> CRE
PARTIDA.
O
Conjugado
de Partida (CP)
oferecido
pelo motor deve vencer, não apenas o Conjugado Resistente mas,
também, a Momento
de Inércia
da Carga (JC),
que
é a
medida da resistência que o
mecanismo todo
oferece a uma mudança em seu movimento de rotação em torno do
eixo, e
depende
do eixo em torno do qual ele está girando e, também, da forma do
corpo e da maneira como sua massa está distribuída.
O
momento da inércia da carga acionada é uma das características
fundamentais que
determinam se
um
motor consegue ou
não acionar
a carga, dentro das condições de
ambiente, garantindo os limites térmicos exigidos
para manter a
integridade do
material isolante dos
enrolamentos do motor.
No
SI,
a
unidade do momento de inércia é kgm2.
O momento de inércia total do sistema é a soma dos momentos de
inércia da carga e do próprio
motor
(JT
= JM
+ JC).
No caso de uma máquina que tem a rotação diferente da rotação do
motor (por exemplo, nos casos de acionamento por polias ou
engrenagens como
mostra a figura ao lado),
a inércia da carga deverá ser referida à rotação nominal do
motor.
Assim
a arrancada é feita com elevado CMO,
o que equivale dizer que, um
motor CC,
por exemplo, parte
com corrente de armadura (IA)
elevada, mesmo que a tensão VCMED
aplicada
como alimentação do induzido esteja
reduzida durante o transitório de aceleração da partida, pois, ao
partir a
máquina elétrica,
a FCEM
(força
contra-eletromotriz), inicialmente
é nula e toda
a intensidade da tensão
VCMED
aplicada torna-se tensão útil do induzido (RA
.
IA),
e
ela é a responsável pela geração do conjugado do motor (CMO)
elevado.
Legendas da
figura:
CP
→
Conjugado
de Partida;
CN
→
Conjugado Nominal;
PP
→
Potência de Partida; Em um motor CC:
PN
→
Potência Nominal.
Tal
fenômeno é, em algo, assemelhado
ao que ocorre, também,
nas
máquinas CA, onde,
devido
ao escorregamento
se tornar, repentinamente,
enorme na
partida (no
átimo em que
o campo girante já está presente no
estator,
mas
o rotor
ainda não partiu),
o
conjugado oferecido
pelo
motor e,
consequentemente, a corrente nos
enrolamentos do estator do
motor,
são,
também,
ambos
muito
grande. Com
isso, o motor
disponibiliza um
elevado conjugado na partida.
Todavia,
é
possível, por exemplo, o emprego de um arranjo que comute entre uma
configuração de ligação Estrela
/ Triangulo
dos enrolamentos do estator, a fim de tornar mais adequadas as
condições da partida, evitando
a partida com tensão plena, fazendo
com
que o
motor parta
com uma
tensão
reduzida e, assim, consequentemente, reduzindo a elevada corrente
demandada
na
partida, obviamente
que ao custo do prejuízo do conjugado
e, também,
do
tempo de aceleração.
De
qualquer modo, é durante a partida que as máquinas elétricas são
submetidas às condições mais exigentes, principalmente em regime
de operação intermitente periódico com partidas (ou com grandes
mudanças periódicas na relação carga / velocidade), a questão
térmica da máquina elétrica
pode
se tornar um problema crítico.
Para
ambos tipos de motores, com o emprego de drives
adequados para acionamento deles (conversores
regulados, inversores
e soft-starters,
etc),
pode-se fazer um controle ainda bem mais eficiente da arrancada de
partida da
máquina,
além deles poderem prover proteções elétricas
e,
excetuando-se as soft-starters, prover,
ainda,
o controle de velocidade e do torque.
Diferentes Tipos de Carga (Classes de Conjugado Resistente):
As
cargas mecânicas têm comportamentos diferentes, quanto ao conjugado
resistente (CRE)
que
elas oferecem às máquinas elétricas e,
conhecer isso é fundamental para se permitir uma escolha correta do
conjunto motor – conversor (drive).
Em
função do tipo de carga mecânica acoplada
ao
motor, podemos ter diversos tipos de características de conjugados
resistentes que,
independente do tipo, podem ser representados pela expressão:
De
acordo com a equação acima, percebe-se que, o conjugado da carga,
além de depender da própria carga (expresso
pela constante KC),
também pode varia com a rotação (n)
e, esta variação depende do parâmetro "x",
desta forma, as cargas podem ser classificadas em quatro grupos de
conjugado resistente bem definidos:
- Cargas com conjugado resistente constante, independente da velocidade;
- Cargas com conjugado resistente diretamente proporcional com a velocidade (Conjugado Linear);
- Cargas com conjugado resistente crescente com o quadrado da velocidade (Conjugado Quadrático);
- Cargas com conjugado resistente inversamente proporcional com a velocidade (Conjugado Hiperbólico);
Através
de ensaios práticos realizados com
emprego de drives
nos
equipamentos que utilizam motores, pode-se determinar o comportamento
do CRE
em função da
rotação,
obtendo-se as curvas característica de cada equipamento. Por fim as
curvas características obtidas
são
classificadas, por semelhança, em alguma
dessas quatro
categorias.
Também,
como
a potência exercida pela máquina elétrica é proporcional ao
produto do conjugado pela velocidade (n),
teremos as curvas características, onde para cada caso, poderemos
observar simultaneamente o comportamento tanto da potência, quanto
do CRE,
ambos em função da rotação:
CRE
Constante
|
CRE
Linear
|
CRE
Quadrático
|
CRE
Hiperbólico
|
|
|
|
|
Para este tipo de
carga o parâmetro x é zero e o conjugado resistente (CRE)
permanece constante durante a variação de velocidade e a
potência consumida pela carga (PC) aumenta
proporcional-mente com a velocidade.
|
Neste grupo o
parâmetro x = 1 e o conjugado resistente varia
linearmente com a velocidade e a potência consumida pela carga
varia com o quadrado da velocidade.
|
Neste caso temos x=2
e o conjugado resistente varia com o quadrado da velocidade e a
potência consumida pela carga varia com o cubo da velocidade.
|
Neste caso temos x =
-1 e o conjugado resistente impõem a necessidade de um elevado
conjugado de partida, mas que diminuí com o aumento da
velocidade, enquanto a potência permanece constante.
|
Exemplos de aplicação:
• Compressores a pistão;
• Talhas, Guinchos;
• Guindastes, Pontes rolantes e Pórticos;
• Bombas a pistão;
• Britadores;
•Transportadores contínuos (Esteiras transportadoras).
|
Exemplos de aplicação:
• Calandra3 com atrito viscoso (calandrar papel);
• Centrífuga;
• Bombas de vácuo;
• Geradores ligados em cargas com elevados fator de potência;
• Sistemas de acoplamento hidráulico ou eletromagnético.
|
Exemplos de aplicação:
• Bombas centrífugas;
• Ventiladores;
• Compressores centrífugos;
• Misturadores centrífugos.
|
Exemplos de aplicação:
• Bobinadeira de papel / tecidos;
• Desbobinadeira de papel / tecidos;
• Brocas de máquinas-ferramenta;
• Descascador de toras;
• Máquinas de sonda e perfuração de petróleo;
• Tornos (análise feita com conjugado constante, com elevado número de manobras, em geral, motores de dupla velocidade);
• Bobinadeiras de fios.
|
Cargas que não se
enquadrem em nenhum dos grupos de conjugados descritos acima costumam
ser consideradas como uma quinta classe, de Conjugado Não Definido.
Nestes casos, não se aplica a equação completa para conjugado
resistente da carga e não podemos determinar sua equação geral de
maneira precisa, logo temos que determinar o seu conjugado utilizando
técnicas de integração gráfica.
Na
prática, algumas
dessas cargas apresentam uma forte variação de conjugado resistente
com a variação da velocidade mas, muitas
delas podem ser,
também,
avaliadas como sendo
de
conjugado constante, pelo máximo valor de torque absorvido.
O segundo dos dois casos de comportamento do CRE ilustrados acima (a direita) é, por exemplo, muito aproximado do
que
ocorre no
dispositivo
de freio eletromagnético
empregado
para simular carga
em bancadas
didáticas
para
ensaios de conjuntos
motor – conversor
usadas
nos
cursos de eletroeletrônica e automação do
SENAI-SP.
Este tipo de freio é constituído por um disco de
alumínio (material paramagnético) girando
na frente de dois potentes eletroímãs que são solidários a uma
estrutura móvel cujo deslocamento é controlado pela
mola
de
um dinamômetro, que distende à medida que se aplica uma força.
O motor, acionado
por um drive,
aciona o disco de
alumínio,
enquanto um dimmer2
excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo magnético fixo, porém
ajustável
pelo dimmer,
criando no disco, que se encontra em rotação, correntes de
Foucault,
como princípio que produz o conjugado resistente visto pelo motor.
Notas:
1. Conjugado: No contexto de sistemas motorizados o termo 'conjugado' é empregado como sinônimo de 'torque'. Nesse mesmo contexto costumam ser empregados também os termos 'binário' ou 'momento', igualmente, como sinônimos de 'torque' (embora alguns autores considerem o termo 'momento' inadequado para esse emprego;
2. Dimmer: é um dispositivo utilizado para variar a intensidade da corrente elétrica média em uma carga. Consiste de um ou mais dispositivos semicondutores de potência que, através do ajuste de um potenciômetro (ou outro tipo de ajuste, como toque manual), causa a diminuição ou aumento do valor médio (ou do valor eficaz) da tensão aplicada ao consumidor que ele alimenta (controlam a intensidade da luminosa de uma lâmpada, por exemplo;
3. Calandra: é um equipamento industrial destinado a extrusão e moldagem de materiais num processo contínuo de transformação onde o material é passado entre dois ou mais rolos contra rolantes sucessivos, em geral pre aquecidos, que pressionam e amassam o material, frequentemente empregado para produzir filmes plásticos (PVC, PE, PS, PTFE, etc.).
O.B.S.: Sempre que
eu menciono a transferência de movimento por meio engrenagens
acopladas ou por polias acopladas por correia em sistemas motorizados
para alunos de automação industrial ou de eletroeletrônica, estes
alunos frequentemente costumam me inquirir, também, sobre cames. Então, eu já deixo aqui uma pequena definição:
2. Dimmer: é um dispositivo utilizado para variar a intensidade da corrente elétrica média em uma carga. Consiste de um ou mais dispositivos semicondutores de potência que, através do ajuste de um potenciômetro (ou outro tipo de ajuste, como toque manual), causa a diminuição ou aumento do valor médio (ou do valor eficaz) da tensão aplicada ao consumidor que ele alimenta (controlam a intensidade da luminosa de uma lâmpada, por exemplo;
3. Calandra: é um equipamento industrial destinado a extrusão e moldagem de materiais num processo contínuo de transformação onde o material é passado entre dois ou mais rolos contra rolantes sucessivos, em geral pre aquecidos, que pressionam e amassam o material, frequentemente empregado para produzir filmes plásticos (PVC, PE, PS, PTFE, etc.).
Calandra de 3 rolos |
Came:
Em engenharia mecânica,
came é uma peça
giratória conectada a um
eixo, de contorno
adequado, ressaltada
(oval) e projetada para transmitir um movimento alternado (geralmente
linear) a um outro mecanismo
chamado
de seguidor. Costuma-se
empregar o mesmo termo (came), também, para designar uma peça
mecânica semelhante a uma roda dentada que recebe uma programação,
disponibilizando várias
alternativas para aplicação com diferentes sequências.