quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mais sobre Carlos Ghosn, a Aliança Renault-Nissan e a ACEA


Mais Sobre Carlos Ghosn:


Como eu previ há dois anos atrás, na postagem deste blog intitulada Carlos Ghosn e "A Vingança do Carro Elétrico", ele ainda está lá, na briga, em ser atualmente o Presidente do Conselho e CEO da sede da Renault em Paris, e mantendo o mesmo cargo na sede da Nissan, no Japão, além de presidente do conselho e CEO da Aliança Renault-Nissan, a parceria estratégica que supervisiona as duas empresas através de um acordo único de participações cruzadas, que juntos produzem mais de um em cada 10 carros vendidos em todo o mundo.


Como se não bastasse, este superpresidente e CEO da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, ainda foi nomeado como o novo presidente da Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA)

A ACEA representa os fabricantes de carros, vans, caminhões e ônibus, com locais de produção na Europa, e ajuda a definir os interesses comuns, as políticas e as posições da indústria em um dos setores mais regulados da Europa.

Entre as áreas prioritárias dessa associação estão a sustentabilidade, a investigação e a inovação, a segurança, a política de transportes e o comércio internacional.

O Sr. Ghosn, que também continua chefe da Renault-Nissan Alliance ルノー·日産アライアンス ), assumiu a presidência da ACEA, em Maio último, das mãos de Philippe Varin, ex-presidente do Conselho de Administração da PSA Peugeot Citroen.

O Secretário-Geral da ACEA, Erik Jonnaert, disse: "O Sr. Ghosn conduzirá a ACEA através de um importante período de transição política na Europa. Sob a sua presidência, a ACEA vai continuar a se concentrar em suas recomendações políticas fundamentais, que devem impulsionar a inovação, para promover o crescimento através do comércio internacional e para compor um quadro regulamentar de apoio".

Mas este multi-hiper-executivo não pára ai, mais ainda, Carlos Ghosn é também diretor da AvtoVAZe membro do conselho de administração do banco brasileiro Itaú, além de membro do Conselho Consultivo Internacional da Universidade de Tsinghua, em Pequim, na China. Não esquecendo suas origens ancestrais, ele também é membro do Conselho Consultivo Internacional da Universidade Americana de Beirute, no Líbano e membro do Conselho Estratégico, Universidade Saint Joseph, também em Beirute, no Líbano.

Em 2011, ele também recebeu o prêmio Líder Empresarial CNBC Ásia daquele ano. Carlos Ghosn já foi, anteriormente, presidente da ACEA, em 2009.

Mais sobre a Aliança Renault-Nissan (14 anos de sinergia):


Na Aliança Renault-Nissan - que este ano comemora 14 anos de de sinergia (veja o vídeo abaixo) - podemos afirmar que, tendo sido uma troca de ações, ninguém é dono de ninguém. A Nissan toma suas decisões sozinhas, assim como a Renault e, apesar de apenas a Renault ter direito a voto, nenhuma delas é majoritária. Elas dividem custos de desenvolvimento e de plataforma de produção de motores, compram equipamentos juntas, dividem fábricas, tudo isso buscando reduzir custos, mas refletindo, também, numa maximização da qualidade dos produtos e na inovação tecnológica, para ambas as empresas.




Os Esquemas da Aliança Renault-Nissan

A Renault e Nissan, embora permaneçam empresas e marcas separadas, estão se aproximando cada vez mais, enquanto cada uma mantém uma participação de grandes investimentos na outra e, ambas se balizam em um único executivo: Carlos Ghosn.

Mais recentemente, a Renault-Nissan Alliance formou parcerias com a alemã Daimler AG, com a japonesa Mitsubishi Motors, e com a russa AvtoVAZ. A Daimler, que constrói os Mercedes-Benz, e a Aliança, estão desenvolvendo, em conjunto, um carro de luxo de pequena arquitetura  que também será vendido sob a marca Infiniti, de carros de luxo da Nissan.

No início deste ano, a Nissan começou a construir, também, o seu Datsun Go,  modelo de minicarro em uma fábrica em Chennai, na Índia. Ele é o primeiro veículo a ser construído de acordo com a CMF-A, o novo quadro para todos os minicarros desenvolvidos e vendidos em todo o mundo, tanto pela Renault, como pela Nissan.

Mais sobre a ACEA (Associação dos Construtores Europeus de Automóveis):


Cerca de 12,9 milhões de pessoas, ou seja 5,3% da população economicamente ativa da União Européia (UE) - o trabalham, direta ou indiretamente, no setor da industria automobilística. Os 3 milhões de empregos diretos na fabricação de automóveis representam 10% do total de emprego industrial da UE.

A indústria e o comércio de veículos automotores são responsáveis ​​por € 387.000.000.000 na contribuição fiscal na UE-15. O setor também é um fator-chave do conhecimento e da inovação, o que representa maior contribuinte privado da Europa para P&D, com  € 32.000.000.000 investidos anualmente.

O setor automotivo contribui de forma significativa para a balança comercial da UE, com um superávit de € 95.700.000.000.

Os atuais membros da ACEA são: Grupo BMW, DAF Caminhões, Daimler, Fiat, Ford Europa, General Motors Europa, Hyundai Motor Europa, IVECO SpA, Jaguar Land Rover, PSA Peugeot Citroën, Grupo Renault, Toyota Motor Europa, Grupo Volkswagen, Carros Volvo, Grupo Volvo. Mais informações podem ser encontradas no Site da ACEA.


Mais sobre os VEs:


Além do mais, de tudo que já foi dito aqui e acolá, Carlos Ghosn continua sendo um dos homens que mais aposta em VEs, no mundo! Parabéns, Carlos Ghosn! Lembrando ainda, aos leitores deste blog que, a primeira temporada (2014/2015) do Campeonato da Fórmula E da FIA (Fédération Internationale de l’Automobile), com, apenas, carros de corrida puramente elétricos a bateria, começará, logo em Setembro, em Pequim, na China.

Notas:


  1. AvtoVAZ (em russo, АвтоВАЗ) é uma empresa russa fabricante de automóveis anteriormente conhecida apenas como VAZ (Volzhsky Avtomobilny ZAVOD, algo que soa como Planta Automotiva do Volga), porém mais conhecido no mundo, incluindo o Brasil, sob o nome comercial Lada, que vendeu carros aqui, incluindo o NIVA, nos idos dos anos 90. A empresa foi criada no final de 1960 em colaboração com a Fiat. A AvtoVAZ é a maior empresa do Leste Europeu e a maior indústria automotiva da Rússia. A Renault detém algo em torno de 25% das ações dela.

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