Eu sei
que corro o risco de ser taxado de preconceituoso ao dizer o que vou
dizer mas, mesmo assim eu tenho que dizer: a expressão mais
associada ao termo “Células Combustíveis” (Fuel Cell) é a
expressão “mas até agora” (but until now) e a frase formada
é sempre de negação: “Células Combustíveis, até agora,
NÃO!”. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata de aplicações automobilísticas!
Mesmo
hoje, passados 10 anos, eu vejo como surreal, a cena em que o
Presidente norte americano G. W. Bush justifica a participação da sua administração
na campanha contra o Carro Elétrico, baseada em alegadas expectativas
de médio prazo sobre as tecnologias de “Células Combustíveis”.
O que vimos em 10 anos foi: “Células Combustíveis são ideais,
mas até agora, NADA de prático foi alcançado, que possa ser deveras competitivo nos mercados automobilísticos!”.
Enquanto
isso os Carros Elétricos a bateria de íons de lítio, retornam, simples, prontos, práticos, limpos, seguros e com importantes melhorias já agendadas: As baterias de íons de lítio com o dobro a capacidade de energia das
que estão sendo vendidas agora em 2012, estarão efetivamente sendo
vendidas em 2020, ou antes. E isso sem aumentar o tamanho, nem os
custos, nem diminuir a segurança, das mesmas. Mas carregadores embarcados para o dobro de corrente de carregamento atual chegam antes: em 2014 no Nissan Leaf.
Mas é verdade que nem todos os mercados automobilísticos estão em uma situação ambiental confortável para poder restringir o leque de suas apostas, e são estes que conduzem e fomentam as inovações tecnológicas das células combustíveis, ao contrário do Brasil que não apoia efetivamente os VEs por se sentir bem confortável mantendo um vetor tecnológico único direcionado ao metanol. Mas posição brasileira é no mínimo temerária.
As células de combustível foram inventadas há mais de um século e têm sido utilizadas em praticamente todas as missões da NASA desde 1960, mas até agora, elas não conseguiram ganhar uma adoção comercial por causa dos seus custos inerentemente altos.
As células de combustível foram inventadas há mais de um século e têm sido utilizadas em praticamente todas as missões da NASA desde 1960, mas até agora, elas não conseguiram ganhar uma adoção comercial por causa dos seus custos inerentemente altos.
Durante
décadas, os especialistas concordaram que as células de combustível
de óxido sólido detêm o maior potencial de qualquer tecnologia de
células combustível. Com materiais de baixo custo de cerâmica, e
extremamente elevadas eficiências elétricas, as células de combustível de óxido sólido (SOFCs, sigla em inglês) pode oferecer
economia atraentes, sem depender de ter que performar Sistemas Combinados de Aquecimento e Energia (CHP - Combined Heat and Power, em inglês).
Mas
até agora, houve significativos desafios técnicos inibindo a
comercialização desta nova tecnologia promissora. As células de
combustível de óxido sólido operam à temperatura extremamente
elevada (tipicamente acima de 800 °C). Esta alta temperatura é que
dá-lhes extremamente alta eficiência eletro energética e
flexibilidade de combustível, os quais contribuem para uma melhor
economia, mas também cria desafios de engenharia.
Os
desenvolvimentos práticos relativos a esta tecnologia, até
agora, parece que continuam a caminhar no ritmo “projeto guerra
nas estrelas”: descrito em um artigo publicado nos idos 2009 na
revista Nano Letters, davam conta de que novos fios, denominados
“nanowires” deveriam fornecer aumentos significativos tanto em
longevidade e eficiência de células a combustível, que até
aquela data, e ainda até agora, tinham sido utilizados, ou
pensados para utilização, em grande parte para fins tão exóticos
quanto a alimentação naves espaciais.
Um nanowire é uma nanoestrutura, com o diâmetro da ordem de um nanômetro (10-9 metros), que ainda pertencem ao mundo experimental dos laboratórios, podendo vir um dia a complementar ou substituir os nanotubos de carbono em algumas aplicações, ou para construir uma próxima geração de dispositivos de computação. Mas só Deus sabe quando!
Todavia, s células combustível não são uma tecnologia nova. A primeira célula combustível foi construída por William Robert Grove em 1839, mas não foi até os anos 1960 que as primeiras células a combustível entraram em uso com o programa espacial Apollo (NASA).
Todavia, s células combustível não são uma tecnologia nova. A primeira célula combustível foi construída por William Robert Grove em 1839, mas não foi até os anos 1960 que as primeiras células a combustível entraram em uso com o programa espacial Apollo (NASA).
O núcleo
da tecnologia de célula combustível é a membrana que separa o ar e
combustível. Os requisitos para este componente são rígidas e até
agora eles têm sido difíceis de cumprir. Em particular, tem sido
difícil de alcançar durabilidade suficiente. Os materiais são
caros de produzir, e de uma atmosfera especial no interior da célula
de combustível geralmente requer materiais caros em componentes
circundantes. Como consequência, as células de combustível de
hoje são muito caros para competir no mercado. Outras pesquisas
fortemente centra-se na identificação de novos materiais e mais
barato com longos métodos de produção de durabilidade e mais
eficiente.
O fato é
que esta tecnologia está a várias décadas de se tornar uma
tecnologia adequada para emprego em industria automobilística de
consumo. No entanto, se você, até agora, ainda não tem um bom entendimento sobre essa tecnologia, eu te recomendo que o busque
pois, ela não irá, simplesmente, desaparecer sem, cumprir algum
destino comercial um dia.
Com toda certeza poderemos ficar sabendo quando faltar uma
apenas uma década para ela estar pronta para os automóveis pois, antes, ela terá,
fatalmente, que passar em testes de aplicação prática de
transporte de massa e de movimentação de grandes cargas: navios,
locomotivas de trens, etc. Depois, virá ainda aplicações práticas
industriais de movimentação de carga, guidastes, pórticos, pontes
rolantes, etc.
Contudo,
nos regojizemos pois, hoje, células combustíveis do porte de megawatts já podem começar a ser empregadas em plantas de células
de energia para fornecer energia para plantas industriais e para
cidades e isso sim, muito provavelmente, se tornará uma realidade
comercial de sucesso e impulsionará a continuidade do
desenvolvimento dessa tecnologia.
Então
chegaremos lá um dia, enquanto isso, apoie o Carro Elétrico Puro e,
não aceite imitações complicadas, travestidas de boas ideias, que
são, na verdade, mais caras em todos os sentidos e, acima de tudo,
seja feliz!
Células Combustíveis - Uma Aplicação Comercial em Cogeração de Energia:
A eletricidade pode gerada junto com uma parcela de calor, em conversores de energia a partir de gás natural (GN), até mesmo sem que seja necessário realizar a queima do GN, pelo emprego de células combustíveis.
Como a eletricidade é gerada através de um processo eletroquímico que não envolve combustão (ao contrário usina tradicional geradora de eletricidade), produz quantidades desprezíveis de poluentes e reduz consideravelmente as emissões de carbono.
Além disso, como o calor é produzido como um subproduto da reação eletroquímica, a unidade também produz calor suficiente para aquecer uma considerável quantidade de água, o suficiente para aquecer uma piscina ou para o fornecimento de água quente sanitária.
Essa tecnologia já se encontra comercialmente disponível e, não apenas para clientes corporativos, mas também para emprego em residências. Conversores tão pequenos quanto de 10 kW e, até mesmo de apenas 5 kW já se encontram a disponíveis a venda. Mas não se afobe pois, o preço não é nada atrativo ainda, principalmente para estes aparelhos menores.
A empresa norte americana ClearEdge é quem esta lançando estes produtos no mercado. Veja o vídeo o link segue abaixo), vale a pena conferir, a tecnologia é muito interessante e promissora e mais cedo ou mais tarde chegara aqui pois, graças ao bom Deus, além da era dos VEs, nós estamos também entrando na era do GN.
Além disso, os tais dispositivos operam com uma muito boa eficiência, de 90% e podem reduzir custos com energia em até 50% para consumidores comerciais grandes, como por exemplo, hotéis, shoppings Centers e condomínios. É novidade no mercado.
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