Carlos Ghosn (Porto Velho, 9 de março de 1954) é um executivo brasileiro (naturalizado francês) e atual CEO dos grupos Renault e Nissan.
Carlos Ghosn é atualmente um dos 25 executivos mais influentes do mundo. Passou a infância e a juventude no Líbano e depois na França - graduou-se em engenharia pela École Polytechnique e iniciou a carreira na Michelin.
Quando exercia o cargo de Presidente da Renault em 1999, recebeu a missão de recuperar a Nissan, que acumulava um prejuízo de US$ 6,5 bilhões e tinha uma estrutura pesada e deficitária.
Enfrentou serenamente as diferenças culturais, transferiu-se com a família para o Japão e, após formar um corpo de diretores de ambas as empresas, construiu um verdadeiro case de sucesso - o lucro operacional de US$ 8 bilhões transformou a Nissan na montadora com maior margem de lucro operacional do mundo (10%) 6 anos depois.
Dentre seus maiores desafios, precisou, inicialmente, fechar fábricas e demitir cerca de 20 mil funcionários da Nissan e por isso, ficou conhecido como "cost killer". Ao final de abril de 2007, Ghosn assumiu a presidência da Renault-Nissan, atualmente o quarto maior conglomerado automotivo do mundo, com vendas de mais de US$ 130 bilhões. Tem como meta tornar esse verdadeiro império tão lucrativo quanto a Nissan.
O estilo Ghosn se caracteriza pela rigorosa disciplina, o foco aos pontos importantes e não aos detalhes (as apresentações do seu corpo diretor nunca duram mais do que 15 minutos), a atitude de delegar, dividir sempre os processos em etapas (dando um passo de cada vez) e estar sempre informado, através do maior número de pessoas possível.
Fala seis idiomas fluentemente: árabe, francês, japonês, inglês, português e espanhol. Seu lema: "garantir que a estratégia e as prioridades de cada companhia estejam claras. Quando se trabalha em conjunto, o resultado sai melhor".
Em 24 de outubro de 2006 foi condecorado com o título de Cavaleiro Oficial do Império Britânico (Honorary Knight Commander of the British Empire). Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Ghosn protagonizou em 2011 o documentário "Revenge of the Electric Car" (A Vingança do Carro Elétrico) que apresentou a trajetória de quatro homens em sua busca para construir carros elétricos. Ghosn, que é responsável pela carro de emissão zero da Nissan, o Nissan Leaf, foi o único protagonista do documentário cuja companhia conseguiu lançar com êxito um EV de produção em massa.
Agora mesmo, a Nissan Motors está comemorando um grande momento pois, além do seu carro elétrico, o Nissan Leaf estar seguindo como o veículo elétrico (VE) mais vendido em todo o mundo, após o anunciou de seus resultados financeiros, bastante rentáveis, obtidos no período de 12 meses que terminou em 31 de março deste ano, as vendas globais internacionais da Nissan alcançaram o fascinante número recorde de 4,845 milhões de unidades vendidas.
As vendas unitárias da empresa cresceram 15,8% em comparação com 4,185 milhões de unidades vendidas no período de 12 meses anterior, ao mesmo tempo em que o Nissan Leaf continua sua trajetória de sucesso. Vale relatar que, neste mesmo período, os volumes globais do conjunto da indústria automotiva cresceram apenas 4.2%, passando de 72,6 milhões de unidades, para 75,7 milhões de unidades.
Pelos seus feitos como executivo, Carlos Ghosn, que no início da sua missão na Nissan chegou a ser criticado pelo "Wall Street Journal" pelos seus métodos radicais, que deveria fazer dele um "alvo do ultraje público", acabou por se tornar, justamente o oposto, cultuado como uma figura popular lendária no Japão, inclusive tornando-se personagem heroico em famosas histórias de quadrinhos japonesas.
Recentemente a Nissan revelou que Carlos Ghosn poderá sair da empresa antes do previsto: o executivo que salvou a Nissan da falência estaria preparando a sua aposentadoria.
O autor do documentário "Revenge of the Electric Car" ("A Vingança do carro elétrico"), Chris Paine, é o mesmo que dirigiu "Who Killed the Electric Car?" (Quem Matou o Carro Elétrico?), realizado 10 anos antes. Veja detalhes sobre esse "surreal" fato ocorrido na história da indústria automobilística dos EUA, aqui: "Quem Matou o Carro Elétrico?"
"A Vingança do Carro Elétrico" mostra como quatro homens resgatam a tecnologia e mudam o destino dos VEs. Em 1 hora e meia, o filme documentário conta quais foram as provações que Elon Musk, CEO da Tesla Motors (fabricante do VE Tesla Roadster), teve que passar, para produzir o esportivo Tesla Roadster, e como Carlos Ghosn, CEO da Nissan, vem construindo uma estratégia para conquistar o público com o VE Nissan LEAF. E também como Bob Lutz, executivo da GM, desenvolve a nova aposta da empresa nos veículos híbridos elétricos, o Volt, e os desafios que o obstinado mecânico da Califórnia, Greg Abbott, enfrenta para converter diversos modelos de carros convencionais a combustão em 100% elétricos.
Vale a pena conferir! http://www.sockshare.com/file/765EB5AB33B3CFE4# (ao aceder, selecione a opção "Continue as Free User" e; em seguida, selecione "Click to Play"; áudio original em inglês,.sem legendas)
Eu posto aqui o link, quando encontrar legendado em Português! Bye!
Bacana! Graças à colaboração de um bom amigo, estou atualizando, hoje (19/03/2015), o linque para uma nova versão do vídeo "A Vingança do Carro Elétrico", agora com legendas em Português.
Fatos e Curiosidades sobre Carlos Ghosn:
Segundo relatos contidos na biografia de Carlos Ghosn na Wikipedia (em inglês, http://en.wikipedia.org/wiki/Carlos_Ghosn), o avô de Ghosn, de nome Bichala Ghosn, emigrou das zonas rurais do Líbano para o Brasil com a idade de 13 anos, se estabelecendo na remota região do Guaporé, Rondônia, perto da fronteira entre o Brasil e a Bolívia. Bichala Ghosn entrou na indústria de borracha e, eventualmente, chefiou uma empresa que comprava e vendia produtos agrícolas. Seu filho, Jorge Ghosn se instalou na capital regional de Porto Velho e se casou com uma mulher nascida na Nigéria, cuja família também havia imigrado do Líbano.
Carlos Ghosn nasceu em 9 de Março de 1954. Quando ele tinha cerca de um ano de idade, ele ficou doente depois de beber água contaminada, e a família se mudou para o Rio de Janeiro, a cidade que ele ainda considera sua casa. Em 1960, quando Ghosn tinha seis anos, ele se mudou com seus três irmãos e a mãe para Beirute, no Líbano. Ele completou seus estudos secundários no Líbano, na escola colégio jesuíta de Notre-Dame de Jamhour. Em seguida, ele completou o seu curso preparatório no Liceu Stanislas, em Paris.
Eu posto aqui o link, quando encontrar legendado em Português! Bye!
Bacana! Graças à colaboração de um bom amigo, estou atualizando, hoje (19/03/2015), o linque para uma nova versão do vídeo "A Vingança do Carro Elétrico", agora com legendas em Português.
Fatos e Curiosidades sobre Carlos Ghosn:
Segundo relatos contidos na biografia de Carlos Ghosn na Wikipedia (em inglês, http://en.wikipedia.org/wiki/Carlos_Ghosn), o avô de Ghosn, de nome Bichala Ghosn, emigrou das zonas rurais do Líbano para o Brasil com a idade de 13 anos, se estabelecendo na remota região do Guaporé, Rondônia, perto da fronteira entre o Brasil e a Bolívia. Bichala Ghosn entrou na indústria de borracha e, eventualmente, chefiou uma empresa que comprava e vendia produtos agrícolas. Seu filho, Jorge Ghosn se instalou na capital regional de Porto Velho e se casou com uma mulher nascida na Nigéria, cuja família também havia imigrado do Líbano.
Carlos Ghosn nasceu em 9 de Março de 1954. Quando ele tinha cerca de um ano de idade, ele ficou doente depois de beber água contaminada, e a família se mudou para o Rio de Janeiro, a cidade que ele ainda considera sua casa. Em 1960, quando Ghosn tinha seis anos, ele se mudou com seus três irmãos e a mãe para Beirute, no Líbano. Ele completou seus estudos secundários no Líbano, na escola colégio jesuíta de Notre-Dame de Jamhour. Em seguida, ele completou o seu curso preparatório no Liceu Stanislas, em Paris.
Após sua formatura, Ghosn passou 18 anos trabalhando na Michelin & Cia, a maior fabricante de pneus da Europa. Ele trabalhou em várias fábricas na França e em 1985, quando Ghosn tinha 31 anos, foi nomeado diretor de operações para América do Sul da Michelin. Ele voltou para o Rio de Janeiro, reportando-se diretamente a François Michelin, tendo a incumbência de dirigir as operações que encontravam dificuldades em se tornar rentáveis frente a hiperinflação do Brasil de então.
Ghosn formou equipes multifuncionais de gestão para determinar as melhores práticas entre as nacionalidades francesa, brasileira e outras que trabalham na divisão sul-americana. A experiência multicultural no Brasil formou a base de seu estilo de gestão intercultural e ênfase na diversidade como um núcleo ativo de negócio.
"Você aprende com a diversidade ... mas você é confortado por semelhança", Ghosn disse. A divisão voltou a dar lucro em dois anos. Depois de dirigir as operações da Michelin América do Sul, Ghosn levou sua família para Greenville, South Carolina, onde se tornou CEO das operações da Michelin na América do Norte.
Ghosn tem, frequentemente, atraído controvérsia por seu estilo exigente e às vezes conflituoso. Ele também foi criticado por investir pesadamente em economias em desenvolvimento, incluindo Brasil, Rússia, Coréia, Índia e em particular a China, onde a Nissan é agora a maior montadora japonesa.
Sua estratégia para penetrar nos mercados emergentes é agressiva, e inclui a venda de carros com descontos e comercialização veículos de emissões zero a preços acessíveis.
A revista Forbes atribuiu a Ghosn o título de "o homem que mais trabalha no negócio global extremamente competitivo dos automóveis", ele divide seu tempo entre Paris e Tóquio e tem registrando uma média de cerca de 150 mil milhas em aviões por ano. A imprensa japonesa também o chama de "Seven-Eleven" (o que significa trabalhar muito duro, desde o início da manhã (das 7hs) até tarde da noite (às 11hs)).
Ghosn tem dupla cidadania brasileira e francesa, e ele também mantém laços substanciais para com o Líbano, onde viveu por 10 anos e onde completou a sua educação primária e secundária. Ele é um investidor passivo na empresa vinícola libanesa IXSIR, uma companhia que pratica a vinicultura meio-ambientalista, e que exporta vinhos a partir da cidade costeira de Batroun, no norte do Líbano.
Sobre a aposentadoria de Ghosn, anteriormente mencionada aqui mesmo, nesta postagem, a verdade é que tudo ainda não passa de especulações:
O fato é que Carlos Ghosn é um dos CEOs mais bem pagos do Japão e teve recentemente as informações sobre o seu salário divulgadas publicamente. A Nissan mencionou dados da empresa de recursos humanos de Nova York Towers Watson para mostrar que a remuneração de Ghosn está alinhada a de seus pares globais: Carlos Ghosn, recebeu 987 milhões de ienes (US$ 12,38 milhões) no ano fiscal encerrado em março de 2012.
Na sequência aparecem Akio Toyoda, presidente da Toyota, que ganhou 136 milhões de ienes no período, e Takanobu Ito, presidente da Honda Motor, que recebeu 123 milhões de ienes. Ghosn, acumula ainda o cargo de CEO da parceira Renault, da França, mas a grande diferença de 7,5 vezes maior que a dos demais CEOs Japoneses, talvez esteja chamando a tenção.
Segundo a Agência Estado, Ghosn negou os boatos sobre a sua saída da Nissan e recentemente, disse aos acionistas em uma reunião anual, que sua remuneração se justifica porque está abaixo dos padrões globais - mesmo que não seja o padrão para os executivos-chefes no Japão. Além do mais, opinião minha, o sucesso ao qual Ghosn conduziu a Nissan, desde que ele chegou ali, também não pode ser comparado ao desempenho obtido por nenhuma outra companhia.
Eu, particularmente, não creio que Carlos Ghosn deixe a direção da Nissan tão cedo, mesmo em 2017, mesmo com seu salário causando desconforto na concorrência, eu não acredito, a não ser que isso venha por decisão própria e por motivos particulares. Isso porque a Nissan tem nas mãos, atualmente, o maior desafio de toda a sua história: num grande golpe de ousadia e inteligência estratégica ela se tornou a detentora da referência mundial para um produto: O Veículo Elétrico, cujo padrão mundial, indubitavelmente, se tornou o Nissan Leaf.
Muito provavelmente o Nissan Leaf permanecerá nesta situação de produto referência, pelo menos até 2020, sem grandes ameaças de concorrência direta na mesma categorias por causa da dianteira assumida, porém, não sem grandes desafios a serem enfrentados nestes primeiros anos do seu lançamento: há muita coisa em jogo no cenário mundial em cima dos VEs. Não obstante as renovações e o reequilíbrio de forças atuais, os mesmos agentes que uma vez já intentaram "matar" o carro elétrico, estarão, continuamente, buscando fazê-lo uma vez mais.
Para conseguir chegar a um produto de referência mundial, a Nissan quebrou alguns paradigmas e rompeu com algumas tradições da escola de Detroit: a Nissan tem feito, dela própria, mais do que uma simples montadora, passando a fabricar em casa, todas as peças chaves para o bom funcionamento do seu VE, tais como a bateria de íons de Lítio e o inversor de frequência, dentre outros.
Mais do que participante de um cenário, a Nissan está, inexoravelmente, comprometida no jogo do VE e terá agora a obrigação de enfrentar, de matar e de enterrar esse gigante malvado (porém de modo algum estará sozinha nisso) e Ghosn parece ser o marechal adequado, que tem como destino liderar essa vitória. Quem viver, verá e talvez comemore com um bom vinho Libanês!
(Como eu previ há dois anos atrás, aqui nesta postagem, ele ainda está lá, na briga, em ser atualmente o Presidente do Conselho e CEO da sede da Renault em Paris, e mantendo o mesmo cargo na sede da Nissan, no Japão, além de presidente do conselho e CEO da Aliança Renault-Nissan, a parceria estratégica que supervisiona as duas empresas através de um acordo único participações cruzadas, que juntos produzem mais de um em cada 10 carros vendidos em todo o mundo.
Além do mais, ele continua sendo um dos homens que mais aposta em VEs, no mundo! Parabéns, Carlos Ghosn!)
Veja Também:
Eu, particularmente, não creio que Carlos Ghosn deixe a direção da Nissan tão cedo, mesmo em 2017, mesmo com seu salário causando desconforto na concorrência, eu não acredito, a não ser que isso venha por decisão própria e por motivos particulares. Isso porque a Nissan tem nas mãos, atualmente, o maior desafio de toda a sua história: num grande golpe de ousadia e inteligência estratégica ela se tornou a detentora da referência mundial para um produto: O Veículo Elétrico, cujo padrão mundial, indubitavelmente, se tornou o Nissan Leaf.
Nissan Leaf - Apenas uma melhoria significativa no modelo 2013: um sistema de aquecimento de maior eficiência energética que pode resultar num acréscimo de autonomia de 20 mi em tempo frio. No mais, muda apenas o acabamento, mais ao gosto do consumidor norte-americano.
Para conseguir chegar a um produto de referência mundial, a Nissan quebrou alguns paradigmas e rompeu com algumas tradições da escola de Detroit: a Nissan tem feito, dela própria, mais do que uma simples montadora, passando a fabricar em casa, todas as peças chaves para o bom funcionamento do seu VE, tais como a bateria de íons de Lítio e o inversor de frequência, dentre outros.
Mais do que participante de um cenário, a Nissan está, inexoravelmente, comprometida no jogo do VE e terá agora a obrigação de enfrentar, de matar e de enterrar esse gigante malvado (porém de modo algum estará sozinha nisso) e Ghosn parece ser o marechal adequado, que tem como destino liderar essa vitória. Quem viver, verá e talvez comemore com um bom vinho Libanês!
(Como eu previ há dois anos atrás, aqui nesta postagem, ele ainda está lá, na briga, em ser atualmente o Presidente do Conselho e CEO da sede da Renault em Paris, e mantendo o mesmo cargo na sede da Nissan, no Japão, além de presidente do conselho e CEO da Aliança Renault-Nissan, a parceria estratégica que supervisiona as duas empresas através de um acordo único participações cruzadas, que juntos produzem mais de um em cada 10 carros vendidos em todo o mundo.
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