A tarefa
de um conversor de energia é processar e controlar o fluxo de
energia elétrica através do fornecimento de tensões e correntes em
uma forma que é perfeitamente adaptado para as cargas de utilizador.
A energia era convertida, a princípio, em conversores
eletromecânicos (principalmente máquinas rotativas).
Hoje em
dia, com o desenvolvimento e produção em massa de semicondutores de
potência, conversores estáticos de potência encontraram aplicações
em numerosos domínios, desde Aceleradores de Partículas, até os
Veículos Elétricos. Eles vão se tornado sempre menores e mais
leves e as suas performances estáticas e dinâmicas sempre sendo
melhoradas.
Um
conversor estático é uma rede de malha de componentes elétricos
que atua como um estágio intermediário que faz uma adaptação ou
uma transformação entre duas fontes, geralmente entre um gerador e
uma carga.
Um
conversor estático ideal estático controla o fluxo de energia entre
duas fontes com 100% de eficiência (perda zero), por isso, o projeto
de um conversor de energia visa sempre melhorar a eficiência. Mas,
em uma primeira abordagem e para definir topologias básicas, é
interessante a assumir que nenhuma perda ocorre no processo de
conversor de um conversor de energia (situação ideal). Com esta
hipótese, os elementos básicos são de dois tipos:
- Elementos não-lineares, chaves, principalmente eletrônicas: semicondutores operados em modo de comutação;
- Elementos lineares reativos: condensadores, baterias, indutâncias e indutâncias mútuas ou transformadores. Estes componentes reativos são utilizados para armazenamento de energia intermédia, mas também para a filtragem de tensão e corrente. Eles representam, geralmente, uma parte importante do tamanho, peso e custo do equipamento.
Independente
de qual seja o método utilizado para carregamento de energia
elétrica para a bateria de um EV, seja pela conexão de um cabo ao
conector SAE-J1772, ou ainda pela conexão de um cabo ao conector
JARI CC CHAdeMO, em ambos os casos envolverá, sempre, a conexão do
mesmo até alimentadores da rede elétrica CA e o inevitável
emprego de Conversores Estáticos no processo, seja para retificar a
CA, convertendo-a em CC, ou seja para elevar ou abaixar o valor da CC
(conversores CC-CC).
A
diferença entre os conexões mencionadas, é que o carregamento por
meio do conector SAE-J1772 foi concebido, originalmente, para ser
algo bastante simples, não contendo em si, ou seja, na própria
estação de carregamento, nenhum tipo de conversor estático, mas
sim, utilizando os conversores embarcados do próprio veículo, tanto
conversores CA-CC, quanto conversores CC-CC.
A
aparência externa do carregador embarcado do Nissan Leaf é mostrado
na figura ao lado. O projeto do carregador embarcado tem como
premissa a refrigeração a água. Nele, a corrente alternada (CA
100-240V) fornecida pela fonte de energia comercial é convertida em
corrente contínua (CC 260-410V) e, assim, a bateria de íons de
lítio é carregada. A potência de saída é de 3,3kW (como já foi
dito, a Nissan está providenciando um upgrade para 6,6 kW
para novos modelos, que não poderá, com facilidade, ser instalado
nos modelos anteriores) e a eficiência de carregamento é de
aproximadamente 90%.
O
Nissan LEAF 2013 com um novo carregador embarcado, mais potente, de
6,6 kW, irá reduzir pela metade o tempo que leva para carregar a
partir de uma estação de carregamento J1772 nível 2 de 240V.
Quando técnicos da Nissan anunciaram que a montadora
japonesa estaria dobrando a potência do carregador embarcado por
volta de março de 2011, orgulhosamente se proclamou que o sistema
atualizado do carregador do Nissan LEAF também estaria disponível
como uma atualização para os atuais modelos 2011/12.
Agora, um crescente corpo de evidências sugere que
qualquer pessoa que queira atualizar o unidade de carregamento do seu
LEAF de 3,3 kW para 6,6 kW, poderá estar em dificuldades pois,
diferentes de atualizações de software, upgrades de hardware
geralmente são bem mais complexos.
Trocar o carregador de 3,3 kW para 6,6 kW não é a
mesma coisa que carregar uma ferramenta de diagnóstico e
reprogramação do computadores de bordo do veículo, em vez disso, a
atualização do carregador é um processo moroso que envolve várias
horas de trabalho no carro, além de envolver o alto custo das peças.
Como consequência, a menos que haja algo errado com o
hardware original, proceder uma atualização é algo altamente
improvável e envolverá um custo relativamente elevado. Mesmo que a
Nissan oferecesse a atualização, não poderia ser barato pois,
trocando-se o retificador original para um outro com a potência
dobrada, sob o mesmo regime de tensão, a corrente será dobrada e,
com isso, tudo o que se refere a fiação de energia (que é a parte
mais cara da fiação) terá que ser, necessariamente, trocada, bem
como, ainda, o controlador de bateria e o conversor CC/CC.
Quando a Nissan iniciar produção do LEAF modelo 2013,
o carregador embarcado não será a única coisa que terá que ser
atualizada, a partir das especificações dos modelos 2011/12. O LEAF
2013 terá, na verdade, várias outras pequenas mudanças e, por
isso, nem os técnicos da Nissan acreditam que a oferta do serviço
de upgrade por parte da empresa aconteça.
Portanto, não se trata de apenas trocar o conversor
CA/CC (o retificador), que além de mais potente, passará a ser
bidirecional, ou seja, o LEAF poderá passar a ser usado como fonte
de C.A. para alimentar uma localidade isolada da rede CA, ou ser
comandado remotamente, por comunicação de dados via uma “rede
elétrica inteligente” e “revender” a sua energia armazenada
durante a madrugada, de volta para a concessionária, em momentos de
picos de consumo de energia.
Essencialmente, embora o carregador esteja localizado em
uma corcova em forma de fácil acesso por trás do assento traseiro,
a remoção e substituição com uma unidade de alta potência é uma
empresa grande, semelhante a que envolve a substituição do motor
completo em um carro a gasolina, portanto, os proprietários dos LEAF
existentes estão presos a um carregador de 3,3 kW, que veio
originalmente com o carro, ou precisarão bancar a cara operação de
upgrade (vários milhares de dólares) em serviços paralelos.
Informações,
tais como a condição de carregamento da bateria de íons de lítio,
um sinal de status de carregamento rápido, e instruções da VCM
(Vehicle Control Module) é recebido através da comunicação da
rede CAN, de modo que o carregamento pela saída e controle é
implementado de acordo com as informações recebidas.
Devido as
necessidades do fluxo de energia, seja entre a máquina elétrica
(motor) e a bateria, ou ainda entre a bateria e a rede CA, convém
que todos os conversores empregados sejam do tipo bidirecional. Os
Conversores Integrado Bidirecional CA/CC e CC/CC devem satisfaz os
requisitos funcionais para aplicações dos PHEVs ou do EVs:
- A tomada de energia CA da rede para carga de bateria;
- A alimentação, via conversão BOOST CC/CC a partir da bateria para o sistema elétrico de tração do motor, e;
- A regeneração, via conversão BUCK CC/CC a partir do sistema elétrico da máquina para a bateria.
Os
Conversores Integrado Bidirecional também abordam algumas questões
relacionadas com a eletrônica de potência, tais como:
- Redução do número de indutores;
- Redução do número de sensores de corrente;
- Tolerância a falhas de corrente através das chaves semicondutoras de potência;
- Tolerância à recuperação reversa atual de interruptores e diodos, e;
- A mais larga gama de tensões de bateria aplicáveis.
Mesmo um
conversor CA-CC monofásico embarcado precisa, também, ser
bidirecional, caso se deseje desfrutar da possibilidade de extrair a
energia acumulada na bateria do EV e aproveitá-la para algum
abastecimento emergencial da rede CA.
Devido a
sua capacidade para inverter a direção do fluxo de corrente e,
assim, da potência, os conversores CC-CC bidirecionais vêm se tornando
cada vez mais utilizados para promover a transferência de energia
entre duas fontes de energia de CC em qualquer direção.
O
conversor CC-CC bidirecional, juntamente com o armazenamento de
energia têm se tornado uma opção promissora para muitos sistemas
de conversão energia, inclusive os EVs, reduzindo o custo,
melhorando a eficiência e o desempenho do sistema.
No que
diz respeito à estrutura do núcleo de um Conversor Integrado
Bidirecional CC-CC, a estrutura BUCK-BOOST não-inversora é
empregada, que proporciona as três formas de operação BUCK
(baixamento), BOOST (elevação), e BUCK-BOOST combinado. No entanto
a operação BUCK-BOOST combinada, em particular, precisa ser
eliminada devido às suas perdas de comutação.
Os outros dois
modos de operações (o de elevação, boost, e o de abaixamento, buck) são, então, os casos usados para os Conversores CC/CC Integrados, em geral com capacidade para operar em modo Bidirecional, contidos tanto nos VEs a bateria como nos VEs híbridos.
Um conversor CC/CC irá transferir energia da sua entrada para a sua saída, menos uma pequena quantidade que é a perda inerente ao processo de conversão.
Portanto, um conversor CC/CC boost aumenta a tensão da sua entrada para a sua saída em X vezes, mas, em contrapartida, fornece uma corrente de saída X também vezes só que menor do que a corrente que flui pra a sua entrada.
Já, um conversor buck atuará ao contrario disso: ele reduz a tensão da entrada para a saída, mas pode permitir mais corrente de saída do que a corrente de entrada consumida.
Se sua entrada do conversor CC boost, por exemplo, for de 12V e no máximo 5A, você terá uma entrada máxima de 12 x 5 = 60W. Se, ainda por exemplo, você tiver um dispositivo conversor com cerca de 95% de eficiência, então você terá uma saída máxima de cerca de 57W (neste caso, 3 W se perdeu e se tornou em calor nos componentes do próprio dispositivo conversor). Portanto, se, digamos a capacidade de elevação de tensão do seu conversor boost for de 10X, então na sua saída você na saída de 10 x 12V = 120V, contudo, você sói poderá ter uma corrente de saída 10X menor, ou seja, uma corrente de no máximo 0,5A.
A
perda de energia em um transistor (IGBT) é muito alto quando se atravessa
uma região ativa duas vezes durante o período de comutação.
Portanto, um pouco de energia eléctrica está prevista para ser
perdido em forma de calor nos componentes dos circuitos conversores
durante o processo de carregamento da bateria.
Os
Conversores Bidirecionais são capazes de promover o fluxo de energia
elétrica para ambos os sentidos, sendo assim, eles não tem terminas
que sejam específicos para funcionar apenas como entrada ou apenas
como saída, mas dependendo das circunstâncias da operação, eles
devem poder trocar de função entre entrada e saída pois, numa
aceleração do veículo, a energia precisa fluir da bateria para a
máquina elétrica, ao passo que numa redução de velocidade, a
energia fluirá da máquina elétrica para a bateria.
Em
qualquer caso, o conjunto de baterias de alta energia deve ser capaz
de armazenar energia elétrica suficiente não só a partir da rede
CA externa, mas também a partir da CA que é produzida pela máquina
elétrica pela ação da frenagem regenerativa, e deve ser capaz de
fornecer a energia elétrica armazenada para o sistema elétrico de
tração do motor.
A alta
tensão do barramento CC também serve como o barramento principal de
alimentação que fornece potência à carga principal, que é
tipicamente um motor de acionamento do inversor para aplicações em
veículos. O bidirecional conversor CC-CC é colocado entre as fontes
de baixa tensão e de alta tensão para permitir a transferência de
energia.
Cada bloco extra inserido num processo de conversão de energia elétrica causará uma perda a mais de uma pequena parcela da energia que ele recebe em suas entrada, com relação àquela que ele consegue entregar em sua saída, por isso, os
projetos bem elaborados, tendem a manter a quantidade dos circuitos conversores
reduzidos a um mínimo necessário, a fim de prover o máximo
rendimento possível nos processos de conversão.
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